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Quais tendências em gestão de contratos valem a pena investir em 2025?

  • Foto do escritor: Luana Moreno
    Luana Moreno
  • 4 de mai.
  • 8 min de leitura

Publicado originalmente em: https://www.projuris.com.br/blog/contratos-2025/ . A autoria está de Thiago Fachini pois atuo como ghost writer


A área de contratos em 2025 contará com ainda mais tecnologia, mas os gestores precisarão estar atentos a novas legislações que surgem em contraponto, o compliance junto à inovação de sistemas é uma grande tendência para o próximo ano. 


Toda nova tecnologia impacta diretamente ou indiretamente a gestão de contratos e departamento jurídico. Seja por terem sido adotadas na operação ou pelo uso de stakeholders externos, já que estamos tratando de contratos e sabemos que 2024 foi intenso nesse sentido.  


O ano de 2024 foi marcado pelas novas aplicações de inteligência artificial. Incluindo as especializadas nos departamentos jurídicos, com lançamento de sistemas específicos para a área do direito, a Projuris IA foi um exemplo. 

Percebemos que cada vez mais a tendência é adotar a tecnologia já especializada no nicho.


Não faz sentido usar o Chat GPT geral, se podemos em um clique ter uma IA que foi treinada para revisar um contrato. 


E claro, como já comentamos, nossa curadoria de tendências para contratos 2025 também levantou a necessidade de uma regulação e compliance maior nas empresas à medida que a inovação tecnológica avança.  


Dada toda essa introdução, vamos entender o que vale investir na gestão de contratos em 2025? Entre tantos apontamentos de tendências.  

Siga a leitura! 


Ainda é tech?  

SIM! 


A tendência é que os departamentos jurídicos sigam investindo em tecnologia de forma consistente tanto em 2025 como para os próximos anos. 


O relatório 2025 In-House Legal Budgeting Report, elaborado pela Axiom, mostra que 44% dos Chief Legal Officers (CLOs) planejam aumentar os investimentos em tecnologia em 2025. O foco é em ferramentas que aprimorem a eficiência operacional, como gestão de contratos, automação de fluxos de trabalho e análise de documentos. 


Um dos principais motivos da permanência dos investimentos em tecnologias é o aumento da produtividade e com isso redução de custos. Ainda que o investimento tenha impacto direto no orçamento, o retorno é positivo pois no fim o mesmo processo tende a custar menos. 


Portanto sim, as tendências para 2025 ainda giram em torno de novas tecnologias, especialmente em relação as inteligências artificiais, agora mais maduras e especializadas.  


Vemos que praticamente metade dos departamentos jurídicos sentem a necessidade de aumentar os investimentos nesse setor para o próximo ano.  


Pontos focais para contratos 2025: 

  1. Regulação e compliance; 

  2. Aplicação de IA mais madura; 

  3. Otimização de Workflow com maior atenção aos custos; 

  4. Fortalecimento da assinatura digital.  


Vamos abordar cada uma dessas tendências em contratos 2025 a seguir. 


Regulação e compliance em contratos 2025 


A atividade de compliance é importante para toda a empresa e com o surgimento e adoção de novas tecnologias como comentamos antes, ela torna-se indispensável.  


O compliance passa por educar a companhia sobre boas práticas e legislação. Mas e em contratos 2025?  


Para 2025, as tendências em regulação e compliance na gestão de contratos incluem a crescente digitalização e automação dos processos contratuais, com a adoção de contratos inteligentes e nativos digitais que facilitam a colaboração e a integração de dados. 


Há também a adoção crescente de tecnologias como inteligência artificial, automação e ferramentas integradas para otimizar processos, monitorar riscos e melhorar a gestão de canais de denúncias do compliance.  


Além disso, segundo a Pesquisa nacional sobre as necessidades e tendências do compliance da Áliantz  percebemos uma ênfase na incorporação de práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) nos programas de compliance, refletindo a demanda por maior transparência e responsabilidade corporativa. 


Por fim, a adaptação às novas legislações relacionadas à privacidade de dados e à regulação de ativos digitais, como criptomoedas, torna-se essencial para assegurar a conformidade e a mitigação de riscos legais. 


O cenário regulatório continuará evoluindo, com exigências relacionadas a ética digital, proteção de dados e ESG. Exemplos incluem a LGPD e o Marco Legal da IA que afeta o dia a dia da gestão de contratos na medida que essas tecnologias são usadas pelos gestores. 


Aplicação de IA generativa mais madura focada em contratos 2025 

Com a popularização das IAs generativas, a aplicação no departamento jurídico ainda era pequena e feita individualmente através do uso de chats de perguntas e repostas pelos advogados.  


Contudo, nos últimos anos, softwares de gestão jurídica e mesmo os CLMs para gestão de contratos já contam com integrações via API com inteligências artificiais e IAs próprias especializadas. 


A aplicação de IA é mais madura e focada em otimizar e acelerar a gestão de contratos. Em 2025, a tendência é a solidez desta tecnologia e que seja aplicada a mais sistemas. Por exemplo, a previsão da Gartner é que até 2027 metade das empresas usarão IA para otimizarem a negociação de contratos.  


Inteligência artificial agêntica  


Outra previsão apontada pela pesquisa da Gartner é o uso da inteligência artificial agêntica, chamada, em inglês, de Agentic AI. A tecnologia é uma nova forma de inteligência artificial que opera de maneira autônoma, tomando decisões e executando ações com base em objetivos pré-definidos e na sua compreensão do ambiente. 


Por exemplo, ela pode interpretar uma tabela, identificar que a própria resposta foi insatisfatória e repetir a ação. Assim como ser programada para sozinha construir um contrato do zero, com o mínimo de interferência humana.  


Segundo a previsão da Gartner até 2028, pelo menos 15% das decisões diárias de trabalho serão tomadas por Agentic AI, sendo mais uma força de trabalho para potencializar o trabalho humano.  


Será que a gestão de contratos será feita de forma mais autônoma pelas IAs?  


Otimização de Workflow com maior atenção aos custos  

Na mesma medida que as tecnologias evoluem, a otimização do workflow é pensada com o objetivo de reduzir custos.  


Os 44% dos departamentos jurídicos que pretendem aumentar os gastos com tecnologia, visam reduzir custos operacionais a partir deste investimento. E não podemos desconsiderar a grande fatia que não vai aumentar o investimento em tecnologia, assim evitar este gasto.  


Portanto, uma das tendências de contratos 2025 é otimizar o workflow e cortar custos. Para isso, a área de gestão de contratos pode automatizar tarefas com ferramentas de gestão tal qual um software para gestão de contratos.  


Com a automação de tarefas repetitivas como envio de notificações e aprovações, a produtividade dos colaboradores aumenta, os erros humanos tendem a reduzir e aumenta-se a eficiência.  


O uso do Projuris Contratos, permite uma redução de 42% no tempo de análise contratual, por exemplo. Um ganho real de eficiência. 


Outra forma de otimizar a operação de contratos é na integração entre o software usado e outras plataformas do setor jurídico e/ou da companhia como ERP e CRM. Assim, facilita a consolidação de informações financeiras, promovendo uma gestão mais estratégica. 


Caso todas as soluções sejam do mesmo fornecedor, pode ainda, garantir uma economia na contratação ao aderir a uma plataforma que oferece atende as múltiplas necessidades da empresa.  


O foco em compliance e por consequência redução de multas e litígios também ajuda a segurar os custos.  


Por fim, ao tratar de otimizar o workflow de contratos 2025, adotar métricas de desempenho e acompanhá-las junto a uma análise de custos em tempo real é muito importante. Não adianta entender que um processo gerou gastos extras apenas após 3 meses dele estar sendo feito repetidamente.  


Acompanhe a tendência tendo ferramentas analíticas que permitam identificar custos ocultos ou oportunidades de economia ao longo do ciclo de vida dos contratos e não só ao final. 


Fortalecimento da assinatura digital em contratos 2025 

Apesar de ser possível fazer a gestão eletrônica de contratos originalmente físicos, estes precisam sempre ser digitalizados e perde-se toda a agilidade, segurança e economia que a GED proporciona.  Portanto, o uso de contratos digitais, criados e assinados eletronicamente são parte fundamental do avanço tecnológico na gestão de contratos 2025.  


Um grande impedimento do uso de contratos eletrônicos para algumas empresas ainda é a assinatura digital, não podemos dizer que ela é uma novidade, mas será fortalecida em 2025. Empresas que ainda não usam assinatura digital passarão a usar pois torna-se uma demanda também do consumidor. 


No Brasil, a criação da assinatura eletrônica Gov.br possibilitou que milhares de pessoas físicas passassem a assinar documentos digitais de forma gratuita e até setembro de 2024 ela foi usada 70 milhões de vezes, um crescimento de 100% no número de assinaturas eletrônicas feitas em relação ao mesmo período de 2023. Já são 160 milhões de usuários cadastrados no sistema.  


Como mais brasileiros adotaram a assinatura digital é natural que empresas também digitalizem seus processos, pois o público já está habituado a está forma de autenticação.  E além de prática é mais segura, pois com a emissão de certificados digitais o usuário pode confirmar sua identidade. 


Também, a última pesquisa feita pela Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD) em 2023, registrou um recorde de emissão de certificados digitais no Brasil até março tinham sido emitidos 874.714 certificados.  


E o nosso levantamento mostra que as empresas de fato estão acompanhando a digitalização, de acordo com a pesquisa feita pelo Sambatech e divulgada pela Forbes, 76,2% das companhias do país estão desenvolvendo ou já implementaram uma estratégia de digitalização em suas operações, o que inclui a gestão contratual e por consequência uso de assinaturas eletrônicas. 


Em resumo, não é uma novidade. Mas vemos que segue sendo uma tendência e fortalecida.  


Quais tendências, afinal, vale a pena investir?  


Como as tendências mapeadas são sobre tecnologia e o compliance da empresa, o que adotar depende do grau de digitalização atual dos processos da companhia. O ideal é construir um plano de quais tecnologias o negócio pretende aderir e como será a implementação.  


Relembrando, falamos de IA, Compliance, ESG, assinatura digital e otimização do Workflow de contratos 2025.  


As atividades de compliance e ESG podem ser incorporadas no dia a dia do departamento jurídico caso não exista uma área específica, e essa demanda virá junto ao uso de novas tecnologias pela empresa.  


A decisão de investir ou não em outros recursos especializados deve ser tomada pensando no custo-benefício que o sistema trará para a operação. Departamentos que lidam com grande volume de contratos e até mesmo processos geralmente sentem economia financeira real ao adotarem uma plataforma de gestão. Isso porque a produtividade aumenta e até mesmo reduz a perda por revelia, entre outros benefícios.  


Por fim, a assinatura digital é algo que recomendamos fortemente a adoção. Atualmente trata-se de uma solução mais eficiente e segura do que os documentos físicos.  


A empresa pode criar contratos eletrônicos, assiná-los com certificado digital e armazená-los em nuvem protegidos com criptografia. Muito mais seguro do imprimir um documento por vezes confidencial, precisar de cópias, assinar a mão, levar ao cartório e guardar em uma gaveta com risco de pessoas não autorizadas terem acesso. 


E você, já pensou qual tendência de contratos 2025 adotar? 


Conclusão 

As tendências para a gestão de contratos em 2025 evidenciam um cenário em que tecnologia, eficiência e compliance caminham juntos.  


As tecnologias estão maduras por exemplo o uso da inteligência artificial e automação, associada à otimização de workflows e ao fortalecimento de práticas como assinatura digital que não apenas moderniza os processos, mas também gera impactos significativos na redução de custos e aumento de produtividade. 


Além disso, o foco em compliance e ESG reforça a necessidade de uma gestão que equilibre inovação e responsabilidade, garantindo conformidade regulatória e ética.  


O fortalecimento da assinatura digital demonstra que a digitalização está cada vez mais integrada às operações empresariais, consolidando-se como um padrão de mercado. 


Em 2025, a gestão de contratos será desafiada a combinar avanços tecnológicos com práticas estratégicas e sustentáveis, oferecendo às empresas maior segurança, agilidade e competitividade no mercado.  

 
 
 

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